NENÉ CARREIRO HOMENAGEADO COM O PRÉMIO CARREIRA

 

    Nené Carreiro foi, sem dúvida alguma, o melhor fundista da história do atletismo açoriano. Era o atleta açoriano que “dava luta” aos atletas continentais nas provas realizadas nos Açores. Nas corridas de S. Silvestre de Ponta Delgada, a Avenida Marginal enchia-se de gente e no colorido das camisolas dos atletas ouvia-se: “Vai Nené, vai com eles”. Nené Carreiro, um nome que ficará na história do atletismo e do desporto açoriano como o melhor fundista de sempre.

    Foi vencedor por sete vezes da tradicional S. Silvestre de Ponta Delgada (1977, 1979, 1983, 1985, 1986,1987 e 1988). Passados cerca de 40 anos, o Nené Carreiro ainda detém os recordes açorianos de 3.000 e 10.000 metros.

    Foi uma honra e um privilégio treiná-lo durante aqueles anos.

    No ano de 2001, foi homenageado pela Associação de Atletismo de S. Miguel, bem como, esta 5ª feira, 28 de março de 2024, na 7ª Gala do Desporto de Ponta Delgada, onde recebeu o Prémio Carreira. Um justíssimo reconhecimento a quem o Atletismo dos Açores muito deve.

Forte abraço, meu amigo.

 

 


 MAIS UMA EDIÇÃO DE SUCESSO!!!!

III Cross Running - Fase de Escola do Corta-Mato Escolar

14 de dezembro de 2022

Decorreu no passado dia 14 de dezembro/22, na Escola Secundária das Laranjeiras, o III Cross Running, correspondente à fase escola do Corta-Mato Escolar. Trata-se de um evento que integra o Plano Anual de Atividades daquela escola e foi organizado pelo Departamento de Educação Física e Desporto, com a colaboração dos alunos das turmas  do Curso de Técnico de Desporto, num total de 40 pessoas, entre alunos e professores.

Com um percurso delimitado dentro do perímetro escolar e também nos terrenos anexos ao Complexo Desportivo das Laranjeiras, o convívio e a comunhão entre todos foi nota dominante numa manhã húmida, mas sem chuva. Participaram cerca de 200 alunos, divididos pelos 8 escalões, ultrapassando todas as expectativas, face aos dois últimos anos de pandemia.

Alguns alunos desde cedo mostraram que estavam ali presentes, não apenas pelo convívio, mas também para lutar pela superação individual e alcançar o melhor resultado possível. A escola estará representada pelos cinco primeiros atletas de cada escalão, na fase ilha do Corta-Mato Escolar que decorrerá no Estádio de S. Miguel, no próximo dia 11 de janeiro.

Uma palavra de apreço ao Conselho Executivo, à Câmara Municipal de Ponta Delgada, ao Serviço do Desporto de S. Miguel, à Associação de Atletismo de S. Miguel e à Açores – Criações Tur’Arte ® Turismo e Artesanato, que desde o início manifestaram a sinergia necessária para que esta atividade fosse mais um sucesso ao serviço da juventude da nossa terra.


A MINHA GRATIDÃO AO PROFESSOR JORGE AMARAL



         
      Ao longo da nossa vida, há pessoas que nos marcam e que, de certa forma, contribuem para a construção da nossa história pessoal. Para além dos meus pais, a quem muito devo, a minha enorme gratidão vai também para os meus professores. Destaco o professor Jorge Amaral. Por ele, sempre tive uma enorme admiração e carinho, não só pela amizade que sempre teve pelos seus alunos, mas sobretudo pelo legado que a todos nos deixou, influenciando várias gerações ao longo do tempo. Muito do que hoje sou, devo-lhe. Integridade, profissionalismo, competência e humanismo são os seus principais valores.
     Fui seu aluno nos anos setenta, no então Externato Ribeiragrandense, e mais tarde, o privilégio de ser seu colega, na Escola Secundária Domingos Rebelo. Foi dos primeiros professores licenciados em Educação Física nos Açores, formados pelo então Instituto Nacional de Educação Física. Lecionou naquela escola entre 1956 e 1992. Neste momento, o Professor tem 90 anos e numa recente entrevista, em março último, ao jornal Correio dos Açores, disse que quer chegar aos 100 anos.
      Dizem que os professores nunca morrem, talvez por deixarem um pouco deles na vida dos seus alunos que se perpetua ao longo dos tempos.

      Em abril de 2009, os seus antigos alunos prestaram-lhe uma sentida homenagem que se realizou na antiga Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada, atualmente Escola EBI Roberto Ivens.

MUITO OBRIGADO, PROFESSOR. Votos de uma longa vida.

CRÓNICA ESCOLAR



Nas aulas em que dou natação, há, por vezes, um número significativo de alunos que não as faz, alegando os mais variados motivos: período menstrual (apenas as alunas, claro!), constipações, gripes, falta de equipamento, má disposição, tonturas, infeções urinárias, alergias, etc, etc, etc... Às alunas e aos alunos nestas condições, vou arranjando algumas tarefas alternativas, o que exige da minha parte um gasto acrescido de energia no controlo de ambos os grupos: aqueles que fazem e os que estão nas bancadas.
Hoje, o Rafael apresentou-me um justificativo assinado pelo seu encarregado de educação, do motivo da não realização da aula; “O meu filho continua doente, por isso não vai realizar a aula de natação, pelo que agradeço a sua compreensão”.
Ao longo da aula apercebo-me do som de uma corneta que, de forma difusa, tímida e espaçado no tempo, me lembra o comportamento de alguns adeptos de futebol que tornam os encontros desportivos, verdadeiros momentos de festa e de alegria. No entanto, fico na dúvida se o som é produzido no espaço exterior ou interior do recinto. A aula vai decorrendo e continuo a concentrar-me na prestação aquática dos meus alunos, mas um novo som irrompe nos meus ouvidos. Disfarçadamente, olho para as bancadas da piscina e tenho quase a certeza de que o Rafael é o mentor sorrateiro daqueles momentos de alegria. Como aquele que não quer dar muita importância ao ocorrido, continuo a dar dicas aos alunos que estão a fazer a aula, e ao passar na zona das bancadas digo para o Rafael: “Bravo, Rafael! Continua a apoiar o Santa Clara, mas não te esqueças da corneta”. A partir daí, e desfeito o mistério da situação, o Rafael como por magia arrumou a corneta na sua mochila. “Bravo Rafael, o Santa Clara precisa de ti”.

SUCESSO EDUCATIVO E RESPONSABILIDADES


        O sucesso educativo não só depende dos professores mas também dos alunos e dos seus encarregados de educação. É certo que o professor desempenha um papel fundamental no processo ensino-aprendizagem, mas se não houver a responsabilização das famílias no acompanhamento dos seus educandos e a responsabilidade dos alunos em cumprir os seus deveres escolares, nomeadamente o estudo e o empenhamento, estaremos mais longe do sucesso que todos pretendemos. A responsabilidade do sucesso não pode ser apenas colocada nos professores.

AGARRA O SUCESSO


NOME DO ALUNO:  ________________________________      TURMA DO 10ºD

Algumas ideias:

  1. Só pode haver sucesso educativo se houver esforço e empenhamento da minha parte. A Escola, os Pais, os Encarregados de Educação, os Professores podem ajudar, mas o MAIS IMPORTANTE É A MINHA VONTADE em querer melhorar todos os dias.

  1. É importante que eu avalie no final de cada semana se os objectivos que defini estão a ser atingidos. Não é possível avaliar se não tivermos objectivos.

  1. A minha autoavaliação deve ser feita continuamente e a informação obtida deve ser utilizada para verificar se o meu “barco está a seguir a rota correcta”. Em cada fim de semana (no domingo), faço a autoavaliação da semana que acabou, preenchendo o quadro abaixo com as respetivas pontuações em cada objetivo.

Os meus objectivos até ao final do ano  são os seguintes:

  1. Estar com mais atenção/concentração nas aulas. Isto quer dizer que não devo perturbar o normal funcionamento das aulas, não conversando com os meus colegas e estar atento àquilo que os professores dizem.
  2. Estudar mais. Isto quer dizer que devo rever as matérias dadas nas aulas, todos os dias, mesmo que seja por pouco tempo. Vou começar por estudar 20 minutos por dia e ir aumentando progressivamente o meu tempo de estudo.
  3. Ser mais empenhado. Significa que devo fazer sempre o meu melhor em todas as actividades relacionadas com a minha vida escolar, tanto na sala de aula como em casa.
  4. Objetivo final: ter aproveitamento em todos os módulos no final do ano.


1º/2ºP

OBJECTIVOS
12/nov
19/nov
26/nov
03/dez
10/dez
17/dez
1. Atenção / Concentração






2. Estudo






3. Empenhamento







Pontuação de 1 a 5: 1- Mau; 2- Insuficiente; 3- Suficiente; 4- Bom; 5- Muito Bom.


Tomei conhecimento do Plano “EU SOU UM(A) VENCEDOR(A)”

_______________________________________
(Assinatura do Encarregado de Educação)
                                                                                                           

Escola Secundária das Laranjeiras – 2017/2018
Director de Turma: Fernando Melo

A MINHA HOMENAGEM AO PROFESSOR MÁRIO MONIZ PEREIRA


Sempre tive pelo Prof. Mário Moniz Pereira uma profunda admiração e respeito. A sua vida é um verdadeiro exemplo de dedicação, excelência, amor, persistência e sucesso. Pretendo aqui deixar a minha pequena homenagem a este Grande Senhor do Desporto Nacional e da Cultura Portuguesa, personalidade impar que muito contribuiu para a projecção do nosso país, além fronteiras.

O seu nome está associado aos maiores êxitos do desporto do nosso país. É o treinador português cujos atletas melhores resultados desportivos alcançaram em todo o historial do desporto nacional. Quem não se lembra de nomes como o de Carlos Lopes, este fabuloso atleta, tri-campeão do mundo de corta-mato, vice-campeão olímpico dos 10.000 metros em Montreal (1976) e campeão olímpico da maratona em Los Angeles (1984)? Quem não se lembra de Fernando Mamede e do seu recorde mundial dos 10.000 metros? Quem não se lembra de tantos outros como: José Carvalho, Anacleto Pinto, Aniceto Simões, Hélder de Jesus, Domingos Castro, e tantos outros?

O Prof. Moniz Pereira, ou o "Senhor Atletismo Português", tal como era conhecido, exerceu uma influência marcante não só no Atletismo, mas também em todo o desporto nacional. A excelência da sua prática, tanto humana como técnica, aliada uma rara determinação e capacidade de acreditar no seu trabalho, contribuíram para uma nova visão das reais capacidades dos atletas não só do Atletismo, mas de todas as outras modalidades, aquando da realização de competições internacionais.

Revejo-me em 1975, altura em que os atletas portugueses, por influência do Prof. Moniz Pereira, junto do Governo Português, começaram a usufruir de melhores condições de treino, embora não as ideais. “Eu sabia” - dizia ele -, “que os nossos atletas fariam resultados de categoria internacional, se lhes fossem dadas condições de treino parecidas com as dos seus adversários estrangeiros. Tendo em vista os Jogos de Montreal, em 1976, o Prof. Moniz Pereira, elaborou o Plano de Preparação Olímpica. Estávamos a pouco menos de um ano dos Jogos, mais precisamente em Setembro de 1975. O tempo era reduzido, mas o Prof. Moniz Pereira acreditava que era possível ir mais longe. No entanto, ecos de alguma imprensa, de "antigos velhos do Restelo", duvidavam das capacidades dos nossos atletas. Em Montreal, no entanto, os resultados ultrapassaram todas as expectativas: Lopes é vice-campeão olímpico, nos 10 000 metros, atrás do finlandês Viren; José Carvalho é 5º, nos 400 metros barreiras, Aniceto Simões é 8º, na final dos 5.000 metros, obtendo os restantes atletas resultados de verdadeira categoria internacional. Resta fazer aqui um parênteses, Lopes só não é primeiro porque Viren, o tal finlandês, tinha tomado, dias antes, um copo de “leite de rena”… *

Mas, para melhor conhecer o Prof. Mário Moniz Pereira, gostaria de referir um breve episódio que ilustra, significativamente, a sua filosofia de vida. Num colóquio realizado em França, em Novembro de 1985, perante uma vasta assistência de treinadores de meio fundo, o Prof. referia o seguinte: "Na vida, nada de grande se pode fazer sem amor. A paixão pela modalidade é a causa mais importante para o sucesso de um treinador." O Prof. Moniz Pereira era um apaixonado, não só pelo atletismo, mas também pela vida. Penso que foi esta grande paixão e este grande amor pela vida que o Prof. Moniz Pereira soube transmitir, como ninguém, não só aos seus atletas, mas também a todos aqueles que tiveram o privilégio da sua presença. "Transmitir aos atletas o gosto pelo treino, julgo ter sido a melhor coisa que fiz”, disse ele.

Tive o privilégio de conviver com o Prof. Moniz Pereira durante os anos em que estive ligado ao atletismo, por mais de duas décadas. A sua presença nos diferentes campeonatos nacionais, em todas as categorias, era uma constante. Era uma pessoa simpática e acessível, contrariando um pouco a ideia que se pode ter de alguém que é “um mito vivo”. Para além disso, fiz algumas acções de formação com o Professor, lembrando-me especialmente de uma realizada nas Açoteias em 1984 (Estágio de Meio Fundo e Fundo), com a presença de alguns atletas açorianos, nomeadamente Néné Carreiro e Pedro Soares.

Em 2013, procurei trazer o Prof. Moniz Pereira a S. Miguel para uma conferência. Telefonei-lhe e estive na sua casa, perto de Entre Campos. Na altura, e com 92 anos, tinha ainda uma agenda preenchidíssima que o impediu de vir. Coisas do seu “Sporting Clube de Portugal”. Um ano depois, já não foi possível o contacto direto via telefone. Recorro à sua filha, a Professora Leonor Moniz Pereira, minha antiga professora no ISEF. Já prevejo a impossibilidade, por motivos de saúde, da vinda do professor a S. Miguel. Posteriormente, tenho a confirmação. No entanto faço-lhe um último pedido: gostaria que o professor me autografasse o seu livro “Carlos Lopes e a Escola Portuguesa do Meio Fundo”. (Tive tantas oportunidades de concretizar este meu desejo, mas nunca me lembrei de o fazer). Vou a Lisboa e num circunstancialismo feliz, sou recebido pelo professor que me assina o livro. Tenho-o religiosamente guardado como relíquia. A assinatura do professor veio completar o ciclo, pois em Dezembro de 2013 consegui que o Carlos Lopes, presente na nossa S. Silvestre como convidado de honra, também o assinasse.

O Prof. Mário Moniz Pereira integra a galeria dos treinadores que fizeram história no atletismo mundial, e nós, portugueses, sentimo-nos orgulhosos disso. Por tudo aquilo que fez ao serviço do Atletismo e por Portugal, o país deve-lhe o maior respeito e a mais elevada gratidão. Portugal está de luto.

* Viren era suspeito de fazer transfusões de sangue para melhorar o seu rendimento, mas atribuía as seus performances ao facto de beber leite de rena.

Artigo publicado no Jornal Correio dos Açores, na edição do dia 7 de agosto de 2016.

ESCLARECIMENTO À COMUNIDADE DESPORTIVA DO CONCELHO DE PONTA DELGADA


 Fui o Coordenador do Gabinete de Apoio ao Desporto (GAD) da Câmara Municipal de Ponta Delgada durante cerca de um ano, e no final de julho do ano passado (2014), concluí a minha colaboração no respetivo Gabinete. Na altura, fui informado de que a minha continuidade não seria possível, dadas as restrições orçamentais.
         Hoje, passado mais de um ano da minha saída, vejo que a Câmara Municipal de Ponta Delgada continua a indicar o meu nome como membro daquele Gabinete.
          Dado que tal situação não corresponde à realidade, e por razões óbvias, aqui fica o meu esclarecimento.


Ponta Delgada, 8 de novembro de 2015.

LIVRO "TREINO DESPORTIVO COM CRIANÇAS E JOVENS"



Deixo o endereço eletrónico para o dowload do livro a todos os interessados.


A principal razão da publicação do livro (em 2012) prendeu-se com a necessidade que sentimos de poder partilhá-lo com outros, muito em especial os treinadores de jovens atletas, sobre temáticas diversificadas no âmbito do treino infanto-juvenil.
Uma palavra de agradecimento ao Governo Regional dos Açores, através da Direção Regional da Juventude, que apoiou a sua publicação.

CÂMARA MUNICIPAL DE PONTA DELGADA DISPONIBILIZA NO SEU SITIO A CARTA DAS INSTALAÇÕES DESPORTIVAS ARTIFICIAIS

A Carta das Instalações Desportivas Artificiais representa o diagnóstico da situação desportiva do concelho de Ponta Delgada, em termos dos seus equipamentos desportivos e pretende ser um documento fundamental da política desportiva municipal.
Na elaboração deste documento ocorreram, simultaneamente, duas tarefas: a recolha de informações no terreno (levantamento direto dos equipamentos desportivos existentes), bem como a recolha e pesquisa documental de material de apoio à análise, caracterização e diagnóstico do parque desportivo existente no Concelho.
Por levantamento direto identificaram-se 146 instalações desportivas artificiais, com uma tipologia diversificada, o que fica demonstrado pela existência de 17 Grandes Jogos, 59 Pequenos Jogos, 42 Salas de Desporto, 2 Pistas de Atletismo, 4 Piscinas e um conjunto alargado de instalações especiais.
Quanto à distribuição das instalações pelo concelho, as zonas Urbana e Sub-Urbana concentram 78% de todas as instalações (113), seguindo-se a zona Norte com 13% (19) e a zona Sul com 10% (14).


A Carta poderá ser consultada no sítio oficial da Câmara Municipal de Ponta Delgada.

Câmara Municipal de Ponta Delgada cria Gabinete de Apoio ao Desporto





O Presidente da Câmara Municipal anunciou esta terça-feira a abertura de um gabinete que fará a ligação entre as necessidades dos agentes desportivos para melhorar as políticas da autarquia para esta área com influência na formação de uma comunidade e cidadanias mais ativas. 

Na ocasião, José Manuel Bolieiro afirmou que, neste âmbito, “as decisões que toma não têm a ver com deficiências nas metodologias do passado, mas sim com a vontade de melhorar a política camarária numa área que a atual conjuntura condiciona”. 
Entre os objetivos do Gabinete de Apoio ao Desporto (GAD) está, por isto, o estímulo da prática do desporto em colaboração com as escolas e as coletividades desportivas do Concelho, a continuidade da atualização da Carta Desportiva do Concelho de Ponta Delgada, avaliando junto dos agentes desportivos as necessidades ao nível das estruturas físicas existentes e o que se pode fazer para melhorá-las, bem como elaborar e divulgar a carta do movimento associativo. 
Apoiar na planificação das instalações desportivas artificiais é, assim, um dos propósitos deste gabinete junto dos agentes. Uma planificação e construção que surge numa perspetiva de requalificar e rentabilizar as estruturas existentes, bem como tirar partido do que já existe para as finalidades desportivas. 
“O Gabinete de Apoio ao Desporto, para além de permitir que o investimento no desporto seja racionalizado com base em critérios claros e inequívocos, pretende, ainda, aproximar os cidadãos das entidades promotoras dos vários tipos de desporto, estimulando a sua prática”, e é este trabalho que os técnicos do GAD vão fazer em trabalho, permanente, no terreno, junto das entidades.
O Presidente do Município reforçou a ideia que “é necessário sabermos quem somos, quantos somos e o que queremos para evitar o desperdício e reabilitarmos o que temos colocando tudo isto ao dispor dos cidadãos e foi para isso que este gabinete foi criado”. 
Por exemplo, com base na avaliação da Carta do Desporto de Ponta Delgada, que data de 2007, o Presidente da Câmara reconhece a falta de uma grande estrutura desportiva na área urbana de Ponta Delgada e, por isso, avançou, em primeira mão, com o compromisso da construção de um pavilhão desportivo, com recurso aos fundos comunitários. 
Conforme adiantou a atletas, agentes, clubes desportivos e comunicação social presentes, a construção do novo pavilhão de Ponta Delgada ficará situado junto do Parque Urbano, tirando proveito da vocação ambiental e para os hábitos de vida saudáveis daquela área urbanística. 
Outra função do Gabinete de Apoio ao Desporto será o de acompanhar as candidaturas aos apoios anuais financeiros da autarquia destinados a esta área de atuação camarária. O regulamento para este tipo de apoios financeiros será publicado brevemente e entrar em vigor no âmbito do Plano Anual de Apoio Financeiro ao Desporto de 2014. 
Reforçando a ideia de racionalizar, para que ninguém seja prejudicado nos apoios ao desporto, numa altura que é difícil, Bolieiro justificou porque é que o regulamento de apoio ao desporto, bem como a outras atividades como a cultura e a ação social estão a ser regulamentados e abertos à discussão pública, para que ninguém seja penalizado. 
Tornar Ponta Delgada numa cidade ativa a nível desportivo – refira-se só que, no âmbito do apoio aos cidadãos seniores do concelho, 450 já fazem parte do grupo de Idosos Ativos de Ponta Delgada – é o Presidente da Autarquia que informou, ainda, que a Câmara Municipal vai promover uma Gala do Desporto como forma de reconhecer o mérito desportivo da melhor equipa, individualidade, prémio revelação e carreira. 
Refira-se que o GAD é coordenado pelo professor Fernando Melo, quatro técnicos de formação em educação física e desporto, bem como um engenheiro, um arquiteto e um administrativo, para acompanhar possíveis construções. O GAD não vem acrescentar despesa à autarquia, uma vez que é constituído por técnicos da empresa internalizada na Câmara Municipal de Ponta Delgada, Ponta Delgada Social. 
Em resumo, os objetivos do GAD pautam-se por manter atualizada a Carta das Instalações Desportivas Artificiais; elaborar e divulgar a Carta do Movimento Associativo; dinamizar o movimento associativo desportivo; promover e estimular a prática do desporto em colaboração com as escolas e as coletividades desportivas do Concelho; apoiar na planificação e na construção das instalações desportivas artificiais e auxiliar a autarquia no que se refere às decisões relativas ao desenvolvimento desportivo do concelho. 
Recorde-se que a prática desportiva assume cada vez mais um peso e importância tanto a nível do desenvolvimento e transformação a sociedade, contribuindo para o progresso social, como a nível da constituição de um meio de educação privilegiado, que alimenta a área cultural e uma cidadania ativa, como frisou o Presidente. 
O GAD surge do reconhecimento por parte da autarquia que faz parte da rede nacional de Cidades Saudáveis, da importância das atividades físicas e desportivas, na saúde e no bem estar dos seus munícipes. 

Ponta Delgada, 28 de maio de 2013 
Gabinete de Comunicação 
Rita Resendes

MATURAÇÃO SEXUAL NO RAPAZ









Genitais
Externos


A aceleração do crescimento do pénis, em média, começa por volta dos 13 anos, mas pode ocorrer mais cedo, aos 11 anos, ou, por vezes, mais tarde, aos 14 ½ anos.

O aumento do pénis em comprimento pode começar dos 10 ½ anos aos 14 ½ anos e acabar dos 12 ½ aos 16 ½ anos.

O pico de crescimento do pénis começa cerca de 1 ano depois da aceleração do crescimento dos testículos.

O desenvolvimento do pénis pode estar concluído, em média, aos 15 anos, mas, algumas vezes, ocorre mais cedo, aos 13 ½, ou mais tarde, aos 17 anos.

Durante a puberdade, verifica-se também o aumento do escroto, cuja pele se torna cada vez mais escura.









Genitais
Internos


Os testículos pesam cada entre 10 e 20 g. Mantêm-se pequenos, com cerca de 1g, desde o nascimento até por volta dos dez anos de idade, mas crescem rapidamente nos cinco anos seguintes. No adulto, atinge 4 a 4,5 cm no seu maior diâmetro, mas o esquerdo é mais volumoso. O seu volume passa de 5 cm3, na infância, para um volume que varia entre os 12 e os 25 cm3, na idade adulta.

O aumento do volume dos testículos pode ocorrer dos 9 ½ aos 13 ½ anos, e estar concluído dos 13 ½ aos 17 anos.

Com a puberdade, inicia-se a espermatogênese (ou formação de espermatozoides) e a produção das hormonas sexuais, sob a influência de hormonas produzidas na hipófise ou glândula pituitária.

Durante a infância, a próstata é diminuta. Inicia o seu desenvolvimento com a puberdade e alcança o seu tamanho definitivo por volta dos 20 anos.



Pilosidade
Púbica


O seu aparecimento corresponde a um sinal precoce da puberdade, mas pode ocorrer entre os 10 e os 15 anos.

Mesmo depois da puberdade, os pêlos púbicos continuam a espalhar-se pelo centro do abdómen até à idade dos 25 anos.



Pilosidade
Axial
e
Corporal


Os pêlos axiais aparecem dois anos depois da pilosidade púbica.

Os primeiros pêlos corporais aparecem na mesma altura dos pêlos axiais, mas continuam a espalhar-se mesmo depois da puberdade.







Pilosidade
Facial


Tal como os pêlos axiais, geralmente, aparecem dois anos depois dos pêlos púbicos.

Os primeiros pêlos faciais crescem nos cantos, por cima do lábio, espalhando-se de seguida, formando o bigode por cima de todo o lábio.

Seguidamente, começam a aparecer pêlos na parte superior da bochecha, e na zona inferior do lábio, espalhando-se eventualmente para os lados e para a região inferior de face.








Desenvolvimento
das
Mamas


O desenvolvimento das mamas no rapaz não se compara ao da rapariga.

O diâmetro da auréola, que é igual nos dois sexos antes da puberdade, aumenta consideravelmente, embora numa extensão menor do que na rapariga.

A pele da auréola torna-se escura.

Em alguns rapazes, verifica-se um aumento visível das mamas (o pico de incidência dá-se entre os 14 e os 14 ½ anos), mas, na maior parte dos casos, desaparece dentro de 1,2 ou 3 anos.

Os rapazes obesos podem apresentar mamas desenvolvidas devido ao excesso de gordura.





Voz

Devido a um aumento da laringe, as cordas vocais alongam-se, produzindo profundas alterações na voz, mais marcadamente no rapaz do que na rapariga.

As alterações na voz dão-se duma forma progressiva e geralmente acabam no final da adolescência.



Primeira
Ejaculação


Geralmente ocorre cerca de 1 ano depois do início do crescimento dos testículos, mas a sua ocorrência é altamente variável com a idade.

Cerca de 90% dos rapazes, têm esta experiência entre os 11 e os 15 anos.



Fontes: Tanner (1962) e Katchadourian (1977).

MATURAÇÃO SEXUAL NA RAPARIGA


      De um ponto de vista fisiológico, a entrada na adolescência corresponde à puberdade, sendo esta caracterizada, para além de um aumento da velocidade de crescimento de todo o organismo, pelo desenvolvimento do sistema de reprodução e dos caracteres sexuais secundários, em particular do pénis, testículos e pêlos púbicos, nos rapazes, enquanto que, nas raparigas, é caracterizada pelo desenvolvimento das mamas e dos pêlos púbicos. Estes caracteres (nas raparigas também a idade da menarca) são tomados em consideração quando se quer avaliar a normalidade do desenvolvimento puberal. Para além das mudanças físicas, acontecem também nesta etapa mudanças psicológicas e emocionais que marcam a transição para a vida adulta. O que define mais destacadamente esta transição é a aquisição da capacidade reprodutora.
   O termo puberdade tem origem no latim pubertas, que significa "idade da virilidade". Aparece a meio da adolescência e significa, para a maioria dos autores, procriar.
  A seguir apresentamos o quadro resume das principais alterações do processo maturacional que ocorre no sexo feminino.







Genitais
Externos

Durante a puberdade, todas as estruturas que compõem os genitais externos, ou vulva, sofrem significativas modificações.

Os Grandes Lábios e o Monte de Vénus aumentam de volume, por depósito de gordura nos mesmos.

Os Pequenos Lábios e o Clitóris também crescem muito, especialmente este último.

Em virtude da sua anatomia, as transformações nos genitais externos na rapariga são menos notadas do que aquelas verificadas nos genitais externos do rapaz.




Genitais
Internos

As trompas crescem e a parede muscular do útero torna-se maior.

A vagina, além de aumentar o seu tamanho, amplia a espessura das suas paredes, tornando-se mais resistente às infecções.

Os ovários crescem, mas o seu crescimento é menos espectacular que o útero, uma vez que, no nascimento, estes já são órgãos completos.






Desenvolvimento
da
Mama


O crescimento da mama representa nas raparigas o primeiro sinal da puberdade. O seu início pode ocorrer dos 8 aos 13 anos (em média aos 11) e estar concluído dos 13 aos 18 anos (em média aos 15).

Por vezes verifica-se um crescimento assimétrico, o qual é corrigido aquando da conclusão do processo de crescimento. As mamas não fazem parte do aparelho genital feminino, no entanto, desempenham um papel importante na sexualidade.





Pilosidade
Púbica


Geralmente representa o segundo sinal da puberdade, no entanto pode ocorrer antes do crescimento das mamas.

O crescimento dos pêlos púbicos inicia-se por volta dos 11/12 anos, alcançando a configuração de adulto por volta dos 14 anos.

A sua ocorrência precede geralmente a pilosidade axial em cerca de mais do que um ano.







Menarca


A menarca pode ocorrer em qualquer momento, dos 10 aos 16 ½ anos.

Geralmente ocorre dois anos depois do início do desenvolvimento das mamas e depois do pico do crescimento em altura (PVA).

De uma maneira geral o aparecimento da menarca é mais precoce nos climas quentes do que nos climas frios; nas cidades do que nos campos; nas classes abastadas do que nas classes humildes. Tem-se verificado, quanto ao nosso país, que no Algarve o aparecimento da menarca é mais precoce que na Guarda.


Voz


Na rapariga, em relação ao rapaz, a laringe é menos desenvolvida e apresenta em geral uma voz mais aguda.


Fontes: Tanner(1962) e Katchadourian (1977).